Maria Montessori, no seu livro "A criança", refere os períodos sensíveis como uma "sensibilidade que permite à criança relacionar-se com o mundo exterior de maneira excecionalmente intensa".
Devemos ter em atenção que "a existência de um período sensível pode manifestar-se através de reações violentas, com um desespero que julgamos não ter motivo e, em consequência, chamamos de caprichos".
Esses supostos caprichos não são mais do que "expressões de uma perturbação interior, de uma necessidade insatisfeita que cria um estado de tensão, e representam uma tentativa da alma para pedir auxílio".
Por isso, é importante conhecer o desenvolvimento da criança a fundo e compreender os seus períodos sensíveis.
Vamos a isso? :)
Os diversos períodos sensíveis são janelas de aprendizagem temporais, transitórias e universais, isto é, ocorrem só uma vez na vida, por um curto espaço de tempo e não dependem do ambiente social ou cultural no qual a criança está integrada.
Durante estes períodos, o foco da criança está direcionado para algo específico, encontrando-se naturalmente predisposta a absorver certas competências no campo do movimento, da linguagem, da matemática, etc..
Quando é permitido à criança desenvolver as competências certas nestes períodos, a sua aprendizagem não causa fadiga, dando-se de uma forma intensa mas de grande felicidade.
É claro que, caso não tenha adquirido essa competência na altura certa, a criança pode vir a desenvolve-la mais tarde, no entanto não será de uma forma natural, isto é, vai exigir um esforço superior.
Estes períodos dão-se até aos 6 anos de idade, aproximadamente, quando a criança tem uma "mente absorvente" (termo criado por Maria Montessori) e durante duas fases de desenvolvimento diferentes: a Mente Absorvente Inconsciente e a Mente Absorvente Consciente.
Na próxima publicação vou falar mais em pormenor sobre cada um dos períodos sensíveis.
Não percam!
Beijinhos e Abraços!
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